O Banco de Espanha declarou que um dos principais problemas do Seguro Social está relacionado com o pagamento das pensões. Hoje, 40% dos trabalhadores espanhóis se aposentam antes da hora. A média desse acontecimento é em torno de 63 e 64 anos e a idade efetiva para sair do trabalho seria a partir dos 64 anos e meio, mas a Lei marca que o correto seria aos 65 anos e 10 meses.
O Governo fez uma análise informativa e declarou que esse problema é uma das principais causas do desequilíbrio orçamental já que deve cessar contas com os trabalhadores precocemente aposentados além de, muitas vezes, terem contribuições financeiras elevadas.
Apesar do problema, o Banco de Espanha destacou um ponto positivo em relação a aproximação da idade legal para aposentadoria. Enquanto que as dispensas abaixo dos 62 anos têm sofrido uma queda acentuada, as aposentadorias entre 63 e 64 anos aumentaram consideravelmente. Isso representa um aumento na idade média de aposentadoria no grupo das aposentadorias antecipadas.
Uma eventual reforma previdenciária propõe aproximar a idade efetiva da idade legal fortalecendo os incentivos no mercado a fim de estender mais a idade de aposentadoria e o acesso à reforma de forma antecipada. Segundo cálculos da AIReF, a cada ano de atraso na idade efetiva de aposentadoria, os gastos com pensões futuras, em 2048, cairiam entre 0,4 e 1,2 pontos percentuais do PIB. Dessa maneira, a reforma de 2011 que fixou o aumento progressivo da idade de aposentadoria para 67 anos em 2027, tem um “impacto limitado”, já que a idade efetiva é de 64,5 anos contra 65,8 anos de idade legal.
Acredita-se também que essa economia não seria homogênea por tipo de aposentadoria. De acordo com o artigo do Banco de Espanha, um aumento da idade efetiva implicaria uma maior poupança nas despesas com pensões se fosse acompanhado por um aumento dos coeficientes de redução da idade.