A Comunidade de Madrid avança com a iniciativa, anunciada ontem, de promover o combate à Covid-19 nas farmácias. O Governo presidido por Isabel Díaz Ayuso solicitou formalmente ao Executivo central que autorizasse a realização de testes nas farmácias para detecção do novo coronavírus, como já são realizados em países vizinhos, como França e Grã-Bretanha, e também em Comunidades Autônomas como a Galícia.
O pedido foi avançado pela presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, durante a cerimónia de inauguração de 35 novos leitos de UTI do Hospital Universitário Geral Gregório Marañón, onde explicou que os responsáveis pelos colégios profissionais da área da saúde (farmacêuticos, médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas) já tinham proposto no dia 19 de outubro a possibilidade de realização de exames em seus centros.
Na carta enviada pelo governo regional à Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS), destaca-se que os farmacêuticos são profissionais envolvidos na educação em saúde e capacitados para a realização de exames analíticos, sendo especificados alguns exemplos como glicose, colesterol, testes de detecção de triglicerídeos, HIV ou gravidez.
Há exemplos de países vizinhos como a França onde foi publicada uma Ordem que regulamenta a realização de testes de antígenos em consultórios de farmácia, permitindo que um grande grupo de profissionais de saúde os realizem, como farmacêuticos e técnicos de farmácia, entre outras.
Nesse sentido, outros países como Reino Unido, Austrália ou Canadá (Ontário) avançaram, onde autoridades sanitárias deram sinal verde para que as farmácias colaborassem na detecção de casos de infecção aguda em pacientes assintomáticos por PCR e nos Estados Unidos onde as farmácias atuam exames que incluem a obtenção de amostras nasofaríngeas e PCR. Na Espanha, a Galícia também realiza exames em farmácias.