A presença de mulheres nos conselhos de administração das empresas espanholas, aumentou três pontos em 2020, situando-se em 26,1%, com um total de 331 administradoras, contra 299 no ano anterior, segundo informações obtidas pela Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) dos relatórios anuais de governança corporativa das empresas.
Em junho passado, a CNMV revisou seu Código de Boa Governança e elevou de 30% para 40% o percentual de dirigentes que as empresas deveriam ter. Para isso, dá um prazo até o final de 2022, embora até então o percentual não deva ser inferior a 30%.
Assim, embora os dados reflitam um aumento do número de mulheres diretoras, a sua representação ainda está abaixo dos 30% estabelecidos pelo Código de Boa Governação e longe da meta de 40%.
O dado é melhor, considerando as empresas que integram o Ibex 35, uma vez que nos conselhos de administração das empresas que integram o principal índice espanhol, as mulheres já representam 31,26% do total, com 136 dirigentes, 13 a mais que em 2019.
Para além das empresas do Ibex, existe também uma dispersão entre as empresas com capitalização superior a 500 milhões de euros, onde a presença feminina atinge 24,88% nos conselhos de administração e, as empresas restantes, que têm 21,98% de administradoras mulheres.
São quatro empresas que já atingem o objetivo de ampliação de 40%, todas pertencentes ao Ibex 35: Banco Santander, com seis diretoras representando 40%; CaixaBank, com seis diretoras representando 42,86%; IAG com cinco diretoras representando 41,67%, e Red Eléctrica Corporación, com seis diretoras representando 50% do conselho.
A CNMV destacou em comunicado que considera estratégico que as empresas cotadas incorporem mais mulheres em cargos de maior responsabilidade, especialmente em cargos de gestão sénior e como diretoras executivas, não só para favorecer a diversidade de gênero, mas para maximizar o talento disponível para as empresas emissoras.
Fonte: El Derecho