Os turistas que visitam Segóvia têm o planejamento clássico: o aqueduto, a catedral, a fortaleza e uma reserva para um cordeiro assado ou leitão. Com isso, garantem um dia quase perfeito. Porém, além dessa desses trajetos, a cidade tem muitos outros. Alguns, entre o céu e o solo: de madrugada, da rua 3 de Abril, nos arredores, costuma voar meia dúzia de balões com turistas perplexos com o espetáculo. E depois, fica a nossa sugestão de hoje: um passeio ao longo da muralha que rodeia a cidade velha.
O muro de Segóvia não é óbvio: é preciso procurá-lo. Para ver as paredes de pedra, que envolvem a cidade, é preciso ir um pouco mais longe. O percurso, que não tem folheto específico no posto de turismo, pode começar ao subir as escadas junto ao aqueduto. Lá, um belo mirante o aguarda sobre a imponente e histórica construção romana, e também o Postigo del Consuelo, uma porta que foi demolida no século 19 e reconstruída em 1947,reutilizando a fachada de um edifício na rua Real. Desse ponto até a porta de San Andrés, pode demorar mais de uma hora de estrada, ou talvez duas, dependendo da rapidez, das fotos ou da curiosidade de cada um.
A muralha de Segóvia data da época dos celtiberos e ficava perto da fortaleza. No século III, durante o domínio romano, foi executado um traçado mais completo. E de 1088 a 1122, encomendado por Afonso VI ao seu genro, o conde Raimundo de Borgoña, foi construído o recinto amuralhado, que é bastante semelhante ao que podemos ver hoje. Com 3,4 km de extensão, com altura média de 9,47 metros.
O ideal é usar um calçado confortável, mas não tenha medo. O caminho está em perfeitas condições e, durante o trajeto, é possível visitar os pontos turísticos mais famosos de Segóvia.
Fonte: ABC