A capital Madrid e mais nove municípios autônomos foram fechados na última sexta-feira (02) para impedir a expansão do Covid-19. Porém, o fechamento das cidades ainda não traz consequências para quem não cumprir. As autoridades só podem informar os infratores, não poderá puni-los, porque os tribunais ainda não ratificaram essas restrições. Também foi imposto que as lojas e comércios encerrem o expediente às 22 horas e utilizem uma menor capacidade de seus espaços.
Cabe agora ao Superior Tribunal de Justiça de Madrid (TSJM) dar luz verde a essas restrições. Depois de publicá-los em seu boletim oficial, a Comunidade enviou um relatório no qual seus juristas pedem ao TSJM que cumpra as medidas, embora o governo regional se negue a tornar público seu conteúdo.
A incidência do Covid-19 na Comunidade de Madrid registrou na semana passada melhora em 45 das 46 zonas básicas de saúde nas quais o governo autônomo introduziu as medidas anteriores aos confinamentos de perímetro, segundo os dados oferecidos pelo Ministério da Saúde.
O ministro da Saúde, Enrique Ruiz Escudero, anunciou que as infecções por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias caíram para menos de 500 em nove distritos da capital e nas localidades de Alcalá de Henares, Alcorcón, Móstoles e Torrejón de Ardoz. Nas últimas duas semanas algumas cidades registraram uma incidência superior a 500 casos de coronavírus, taxa de positividade superior a 10% e ocupação de leitos por pacientes em unidades de terapia intensiva superior a 35%.
De todas as localidades confinadas ao perímetro na última sexta-feira, apenas Parla sofreu aumento de incidência e nenhum distrito da capital já ultrapassou 1.000 infecções por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, limite que a Comunidade estabeleceu para introduzir restrições em várias zonas sanitárias. No total, a incidência foi reduzida em 70% das áreas básicas da Comunidade e restam apenas 12 que ultrapassam o limite de 1.000 casos por 100.000 habitantes.