A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deu respaldo científico à vacina desenvolvida pela Janssen, subsidiária da farmacêutica americana Johnson & Johnson, por se tratar de uma vacina comprovadamente segura, de qualidade e eficaz contra o Covid-19. Esta conclusão científica dá luz verde à Comissão Europeia (CE) para que possa emitir uma licença de utilização desta vacina na União Europeia (UE), condicionada a vários compromissos do fabricante, como o acompanhamento dos seus ensaios clínicos para detectar quaisquer novos efeitos colaterais.
Essa vacina requer apenas uma dose para obter a imunização, é a quarta vacina contra o Covid-19 aprovada pela EMA. Até o momento a Pfizer/BioNtech, Moderna e AstraZeneca já estão sendo usadas em campanhas de vacinação da UE e exigem duas doses para proteger contra o coronavírus.
A vacina farmacêutica Janssen é baseada em um vetor viral e é a primeira que requer uma dose única e, como outras formulações, pode ser armazenada e distribuída a uma temperatura entre 2 e 8 graus.
A fórmula da farmacêutica americana tem eficácia vacinal superior a 85% na prevenção do desenvolvimento da Covid-19 e nenhuma morte foi registrada durante os ensaios desenvolvidos em hospitais de vários países, oito deles na Espanha.
Nos resultados globais, que incluem todos os tipos de população, idades, países e cepas, a eficácia na prevenção da doença moderada a grave é próxima a 70%. Para as variantes sul-africana e brasileira, os dados indicam que a eficácia é mantida na prevenção de doenças graves.
Os ensaios clínicos de fase II e III desta vacina, que foram aprovados para uso nos Estados Unidos em 27 de fevereiro, incluíram mais de 34% dos indivíduos com mais de 60 anos, nos quais a eficácia também é muito boa, por isso considera-se muito útil imunizar a população idosa. Os efeitos colaterais são os mesmos que a vacinação contra a gripe pode ter e também dor no local da punção.