Apenas uma em cada dez pequenas e médias empresas espanholas solicitará ajuda dos Fundos Europeus de Próxima Geração, que injetarão cerca de 140 bilhões de euros no país. A estimativa é feita pelos Gestores Administrativos, que revela que apenas 14% dos entrevistados pretendem acessar o pacote econômico emergencial aprovado pela União Europeia.
O principal motivo é que os fundos de recuperação são destinados a grandes empresas, segundo o presidente dos Gerentes Administrativos, Fernando Santiago. Outras causas para o baixo interesse, segundo o levantamento, são a falta de capacidade de co-financiar projetos, o pouco entendimento sobre como solicitar os recursos, a sensação de que eles não são destinados a pequenas e médias empresas e a geração. da burocracia que envolve as pequenas e médias empresas que se candidatam a estas bolsas. Somente 56% dos Gerentes Administrativos coincidem neste último.
Segundo Santiago, as PMEs mais expostas ao colapso da saúde causado pela pandemia, não estão preparadas para montar um projeto que justifique a ajuda ou que tenham capacidade para co-financiar seu projeto. Para ele, estas complicações na implementação dos fundos europeus se explicam pelo grande desconhecimento que os governos ou agentes sociais têm sobre o funcionamento das PME.
De fato, de acordo com o inquérito, após mais de um ano e meio de crise económica, as PME perderam a confiança de que o Governo lhes fornecerá a ajuda necessária para mitigar os efeitos negativos da pandemia. É o que pensam 84% dos Gerentes Administrativos.
Fonte: El País