O avanço da vacinação e as restrições para interromper a circulação do vírus amorteceram os efeitos do Covid-19 sobre o pior parâmetro da pandemia: o número de mortes. Desde que a vacinação começou a fazer efeito no início do ano, coincidindo de fato, com o pico da terceira onda, as mortes pelo vírus caíram drasticamente. O efeito da vacinação, que protege contra doenças graves e morte, e a queda da transmissão devido às limitações sociais impostas, têm acelerado a queda no número de mortes. Desde o final de janeiro, as mortes semanais de Covid caíram 90% na Espanha.
A Espanha enfrentava a terceira onda quando as primeiras vacinas chegaram em 27 de dezembro de 2020. O primeiro avanço foi anedótico, apenas cerca de 10.000 doses foram distribuídas aos asilos, as instituições mais afetadas pelo vírus e os primeiros na lista de grupos prioritários para vacinar. Essas vacinas exigiam duas doses e a primeira dose só começou a fazer efeito 15 dias após a aplicação, então o mês de janeiro passou entre duas águas, esquivando-se da aposta da nova onda e vacinando com as poucas doses que chegavam. No final daquele mês, justamente quando a terceira onda epidêmica atingiu seu pico – 900 casos por 100 mil habitantes em 27 de janeiro – as primeiras injeções começaram a fazer efeito e as mortes, principalmente nas residências, começaram a diminuir.
Segundo dados do Instituto do Idoso e do Serviço Social (Imserso), na última semana de janeiro, 778 idosos morreram em asilos por Covid-19. Mas nos últimos meses e com os asilos já totalmente protegidos, o número de óbitos nesses centros despencou: seis óbitos entre 26 de abril e 2 de maio, última semana com dados consolidados. “Os casos que a terceira onda gerou, foram atendidos em janeiro e fevereiro e, não podiam mais ser interrompidos porque as infecções já haviam ocorrido. Só após um tempo que a vacinação foi iniciada que os casos diminuíram.
Fonte: El País