Ainda é cedo para saber ao certo quanto tempo vai durar a imunidade proporcionada pelas vacinas das empresas Pfizer e Biontech. A empresa acredita que uma terceira dose será necessária nos primeiros seis a doze meses, além de outra dose de reforço anual. O cofundador da Biontech Özlem Türeci assegurou ao semanário Stern que “vemos como a resposta imunológica diminui em pessoas que foram infectadas há relativamente pouco tempo, por isso esperamos que o mesmo aconteça com a vacina”. Também o chefe da firma americana Pfizer Albert Bourla se expressou nesse sentido no canal de televisão CNBC, dizendo há duas semanas que é um “cenário possível”. Em abril, a Pfizer publicou um estudo sobre a vacinação que garante que ela é eficaz em 91% dos casos até pelo menos seis meses após a segunda dose, bem como em 95% dos casos contra complicações graves derivadas de Covid-19.
O chefe da Biontech Ugur Sahin afirmou que a vacina seria eficaz contra a dupla mutação do coronavírus da Índia. Contra a variante britânica, que é dominante na Alemanha, parece estar mostrando proteção semelhante à causada contra o vírus original. Neste momento, estão para serem feitos testes nesse sentido e Sahin tinha “certeza” de que assim seriam os resultados. Uma terceira dose ajudaria a aumentar a resposta imunológica às mutações, de acordo com Sahin. Em relação à imunidade de rebanho, o cientista garantiu que no final de julho, ou mais tardar em agosto, ela terá sido alcançada em toda a Europa. No entanto, ele lembrou que é importante que outras regiões do mundo acabem com essa imunidade também, caso contrário, podem ocorrer mutações que voltem a atingir o continente.
Sahin garantiu que, com os dados da Alemanha e dos Estados Unidos em mãos, onde foi aplicada a milhões de pessoas, não há indícios de que a vacina cause tal efeito colateral, embora investiguem internamente uma possível correlação.
Fonte: La Razón