O setor dos serviços aumentou o seu volume de negócios em 20,8% e o da indústria 22% no passado mês de março em comparação ao mesmo mês de 2020, conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Com a recuperação de março (a maior registrada desde o início da série em 2000), os serviços puseram fim a 12 meses consecutivos de contratempos, nos quais foram gravemente afetados pela pandemia.
No entanto, deve-se levar em consideração que, a comparação ano a ano é feita em março de 2020, mês em que foi declarado o primeiro estado de alarme e confinamento domiciliar, o que ocasionou redução da atividade e do consumo.
De acordo com as Estatísticas, os maiores acréscimos homólogos do volume de negócios em março deste ano ocorreram na venda de veículos e motociclos (+ 89,8%), reparação de veículos (+ 55%), serviços postais e correios (+ 43,5%) e serviços de alimentação e bebidas (+ 40,8%).
Por outro lado, o turismo continua muito afetado pela crise da Covid-19, de modo que o volume de negócios da atividade das agências de viagens registrou uma redução homóloga em março de 65,3%, enquanto nos transportes aéreos diminuiu 55,9% e, nos serviços de alojamento 49,6%.
Em termos mensais e em dados corrigidos em relação ao calendário, o setor de serviços registrou aumento mensal no faturamento de 2,4% em março, o segundo maior avanço desde julho último.
Esse aumento no faturamento mensal deve-se ao aumento das vendas tanto do comércio (+ 7%) quanto de outros serviços, que faturaram 4,9% a mais.
Nos restantes serviços, como bares, restaurantes, hotéis e etc, foram as atividades que registraram o maior aumento nas vendas, 25,5%, evidenciando o efeito do fim das restrições adotadas pelas diferentes comunidades para travar as infecções.
Apesar do efeito da Regulação do Trabalho Temporário (ERTE), o emprego no setor dos serviços caiu 2,8% na taxa interanual em março. Claro, essa taxa moderou-se em quase dois pontos em relação ao que havia experimentado nos onze meses anteriores (-4,5%).
Fonte: Expansion