A farmacêutica britânica AstraZeneca, que desenvolve junto com a Universidade de Oxford uma das vacinas mais avançadas contra a Covid-19, anunciou nesta sexta-feira (10) que aceita a proposta russa de combinar suas doses com as da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleia. O objetivo é ver se essa combinação pode melhorar a eficácia de ambas as drogas, como os cientistas russos argumentam há semanas. Os testes serão realizados em maiores de 18 anos.
Dados publicados esta semana na revista científica The Lancet mostraram que a vacina AstraZeneca tem uma eficácia média de 70,4%, com base em dados provisórios de ensaios de fase III. A Rússia, por sua vez, afirmou que o Sputnik V é 92% eficaz na proteção das pessoas contra o coronavírus, de acordo com os resultados do teste provisório. A Rússia garante que o diferencial do Sputnik V está no uso de dois vetores diferentes, baseados em adenovírus humanos, o que possibilita gerar uma resposta imunológica mais forte e duradoura do que as vacinas que usam um único vetor para ambas as doses.