A Associação dos Trabalhadores Autônomos (ATA) pede “sensibilidade” do Governo Espanhol para adiar o aumento de 3 a 12 euros no pagamento mensal diante a delicada situação dos trabalhadores por conta própria em meio à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.
45% dos trabalhadores autônomos reconhecem que a demanda de trabalho diminuiu mais de 50% neste ano em relação a 2019, de acordo com uma pesquisa realizada pela “Unión de Profesionales y Trabajadores Autónomos” (UPTA), além disso, para 88% deles o volume de negócios médio tem sido inferior a 20 mil euros. Por outro lado, 58% deles afirmaram ter recebido alguma das ajudas oferecidas pelas diferentes administrações, sendo em 65% dos casos um montante superior a 2.000 euros. Diante desse panorama, o presidente da ATA, Lorenzo Amor, pediu que o Governo adie esse aumento até que a recuperação chegue.
As contribuições sociais dos trabalhadores independentes aumentaram no passado mês de outubro de acordo com o Real Decreto-Lei, de 28 de dezembro de 2018, que previa o aumento das taxas de contribuição a partir de 1 de janeiro de 2020, mas que ainda não havia sido aplicado devido à pandemia. Em média, os trabalhadores independentes pagam entre 3 e 12 euros por mês. Em novembro, o aumento referente a outubro foi de 6 euros para a base mínima e 24 euros para a base máxima.
No início deste ano, foi estabelecido um aumento na taxa de contribuição para cessação de atividade – para a qual todos os trabalhadores por conta própria desde 2019 – de 0,7% para 0,8% e para contingências profissionais de 0,9% para 1,1%. Embora a alteração devesse entrar em vigor no início deste ano, até agora os autônomos estavam pagando 30% da sua base de contribuição, ao invés do valor correspondente de 30,3%.