O Banco Santander faturou no primeiro trimestre deste ano 1.608 milhões de euros, quase cinco vezes a cifra registrada nos primeiros três meses de 2020 (331 milhões). “A conta está muito sólida, com bom crescimento de receita, melhora de eficiência.”, destacou José Antonio Álvarez, presidente do banco.
No entanto, a entidade não conseguiu chegar aos 1.840 milhões que embolsou no mesmo período de 2019 ou aos mais de 2.000 milhões do ano anterior. O mercado está se recuperando, mas a cautela com que os bancos têm de agir, impõe a necessidade de continuarem a cobrir-se perante a crise, ao qual se junta o golpe nas contas dos custos de reestruturação.
A empresa fez provisões para devedores duvidosos no valor de 1.992 milhões de euros nesta primeira parte do ano, em comparação com 3.909 milhões no ano anterior, 43% menos que no primeiro trimestre do ano passado devido à aplicação das normas de contabilidade NIIF 9 (IFRS 9), que torna as provisões dependentes dos atrasos esperados e das perspectivas econômicas de longo prazo. As provisões acumuladas chegam a 24.034 milhões”, informa o banco. Embora, no momento, não se saiba quanto se deve a razões devido à pandemia.
Entre janeiro e março, o Santander inclui também nos seus resultados o impacto dos custos de reestruturação previstos para o conjunto do ano, “principalmente no Reino Unido e em Portugal”. Estes custos ascendem a 530 milhões de euros, deduzindo-se os itens extraordinários, o lucro seria de 2.138 milhões, 50% mais que no último trimestre de 2020 e 5,6 vezes mais ano a ano. “Este é o maior lucro ordinário do Santander desde o segundo trimestre de 2010”, indicou a entidade.
A receita líquida de juros cresceu 5% sem o impacto das taxas de câmbio graças ao fato de o novo crédito ter voltado a níveis pré-pandêmicos na Europa e América do Sul, segundo o banco, com crescimento do mesmo saldo no Reino Unido (+ 24 %), Espanha (+ 10%) e Brasil (+ 6%).
Fonte: ABC Economia