A administração do BBVA e os sindicatos começaram a negociar o ERE que o banco presidido por Carlos Torres pretende realizar nos próximos meses. O banco BBVA comunicou aos representantes sindicais sua proposta de saída de 3.798 funcionários do banco na Espanha, dos 23.300 que trabalham na entidade matriz.
O ERE afetará a rede de agências e os serviços centrais. De fato, 3.000 funcionários deixarão os escritórios, o que representa 21% do total dos que neles trabalham. Enquanto os 800 funcionários restantes deixarão os serviços centrais, 5% dos atuais.
O banco também anunciou o fechamento de 530 oficinas. Destes, 14 serão fechados nas Ilhas Canárias, 204 na Catalunha, 101 entre Madrid e Castilha La Mancha; Em Valência, Ilhas Baleares e Murcia, o corte será de 35 escritórios. Em Galícia, Astúrias e Castilha y León, os fechamentos vão afetar 59 agências; Entre o País Vasco, Cantabria, Navarra, La Rioja e Aragón, os encerramentos totalizam 41. E entre Andaluzia, especialmente Extremadura, Ceuta e Melilha, os encerramentos totalizam 76.
Este ajuste coincide com o anunciado pelo CaixaBank após a sua fusão com Bankia. Essa entidade propôs a saída de 8.291 funcionários, 18,67% de todo o quadro de funcionários. Além disso, pretende fechar 1.534 agências, 27% do total.
Carlos Torres sempre defendeu que com apenas dois terços da rede de agências o banco poderia operar na Espanha.
A vice-presidente e ministra da Economia, Nadia Calviño, declarou que o Governo considerou os salários e bônus “inaceitáveis” para os gestores bancários. Diante dos ERE propostos pela banca, Calviño pediu ao setor que busque alternativas que minimizem o impacto no emprego.
O CCOO considera o plano de ajuste do BBVA insustentável e escandaloso, que está longe de tudo o que o banco queria que a força de trabalho acreditasse.
Fonte: Cinco Días / El País