O Conselho de Ministros aprovou, em reunião extraordinária, o projeto de Orçamentos Gerais do Estado (PGE) para 2022 que, após o acordo alcançado pelo PSOE e Unidas Podemos, irá entrar, no Congresso dos Deputados, na próxima semana, para iniciar a sua tramitação parlamentar. São as mais expansivas da democracia espanhola, que destinará 59,8% do orçamento nacional (ou seja, 6 em cada 10 euros) às despesas sociais, representando um total de 240.375 milhões, que chega a 248.391 milhões ao aderir aos fundos europeus.
A Ministra das Finanças e Função Pública, María Jesús Montero, esteve a cargo de apresentar o projeto de contas públicas na conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros, na qual sublinhou que se trata de Orçamento “de recuperação justa”, para “tornar a Espanha um país mais produtivo, competitivo e sustentável”.
Durante a apresentação do projeto, Monteiro destacou que se contempla o “maior compromisso com os jovens”, com 12,55 mil milhões de euros destinados “para a juventude”, o dobro do valor previsto no Orçamento 2021. Especificamente, ela destacou que 46% a mais serão destinados à habitação e 2.199 milhões de euros para bolsas educacionais. Nesse sentido, explicou que o Ministério da Justiça vai lançar um sistema de bolsas para aspirantes a juiz, procurador ou procurador do Estado, “para democratizar o acesso a esses empregos que costumam exigir processos de oposição onerosos”.
Entre as políticas dirigidas aos jovens, é lançado um bônus cultural juvenil de 400 euros, dotado de 210 milhões de euros, para “promover os valores culturais que consolidam a democracia” e promover a indústria cultural, que não inclui as touradas. No que diz respeito à moradia, para além da Lei que o Governo, irá apresentar fora dos Orçamentos. Após o acordo alcançado pelo PSOE e Unidas Podemos, o Presidente do Governo anunciou a criação, por meio dos Orçamentos, de um título de habitação jovem, dotado de 250 euros mensais, para ajudar cidadãos com idade entre 18 e 35 anos.
Fonte: La Razón