A Comissão Europeia recomendou na manhã desta segunda-feira (25) que as regiões mais afetadas pelo coronavírus sejam isoladas do resto do território comunitário e as viagens permitidas serão apenas aquelas consideradas essenciais. Com isso, foi criada uma nova categoria “vermelho-escuro” para as regiões com uma incidência cumulativa de 500 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias.
De acordo com o último relatório publicado pelo Ministério da Saúde da Espanha, apenas as Ilhas Canárias, Cantábria, Astúrias, Navarra e o País Basco estão abaixo deste limite. Entretanto, algumas comunidades autônomas chegam a duplicar ou triplicar este novo parâmetro definido pelas autoridades europeias. Segundo os dados mais recentes, Extremadura tem uma incidência de 1.448 casos. Seguido por Murcia (1.332), Comunidade Valenciana (1.245), Castilla y León (1.215), La Rioja (1.208) e Castilla-La Mancha (1.158). A média espanhola ultrapassa 800 casos.
Com esta iniciativa de endurecimento das viagens dentro do território comunitário, a medida tem o objetivo de preservar a integridade do espaço Schengen e evitar um encerramento das fronteiras internas europeias, como ocorreu em março do ano passado. Este efeito dominó colocou em risco o abastecimento de medicamentos e bens essenciais e obrigou as autoridades europeias a criarem uma série de “corredores verdes” para facilitar o trabalho dos transportadores.
A recomendação é de que os viajantes que se deslocam de zonas de alto risco sejam submetidos a um teste PCR prévio antes de viajar para qualquer outro país europeu e que, uma vez que cheguem ao seu destino, sejam colocados em quarentena. Agora, esta iniciativa deve ser examinada pelos Estados-Membros, que não são obrigados a respeitar a recomendação.
Apesar disso, a iniciativa do executivo comunitário coincide com os anúncios de vários países europeus, como Bélgica e Alemanha, no sentido de endurecer deslocamentos não considerados não essenciais.