Novas formas de trabalhar surgiram durante a pandemia do coronavírus. Atualmente, cerca de três milhões de pessoas trabalham à distância na Espanha, 14,5% do total empregado, com um crescimento de 74,2% desde o início da pandemia, de acordo com um relatório recente do Adecco Group Institute. As novas tecnologias já não tornam a presença física essencial e permitem que o local de trabalho mude e adapte horários, o que atrai cada vez mais pessoas. Esse novo perfil é conhecido como nômade digital. A expectativa agora é que haja mais movimentação deste tipo de profissionais em decorrência da regularização do teletrabalho, já que o estado de alarme foi encerrado no último dia 9 de maio.
De fato, na Espanha, algumas empresas chegaram a acordos que dão a opção de trabalhar em uma segunda residência, como a Axa. Além disso, já estão sendo implementadas medidas para atrair esses teletrabalhadores. Por exemplo, a Câmara Municipal de Málaga oferece espaços de coworking para teletrabalho. Por sua vez, o governo das Ilhas Canárias anunciou um plano de 500.000 euros para atrair cerca de 30.000 profissionais em cinco anos e, segundo as primeiras estimativas, já chegaram às ilhas cerca de 8.000 trabalhadores remotos.
Esta mudança de residência habitual implica uma série de obrigações fiscais que até agora muitos trabalhadores tinham esquecido, apontam em TaxScouts, uma plataforma que simplifica a cobrança de impostos ao disponibilizar um assessor fiscal pessoal aos seus utilizadores. Sebastián Olivera, country manager de TaxScouts, na Espanha, enfatiza que o teletrabalho tem dado a muitos funcionários a possibilidade de escolher onde querem morar. Eles não são mais obrigados a se estabelecer em uma determinada cidade para poderem exercer suas atividades laborais e é uma liberdade que aos poucos vai permear todo o Negócio.
Fonte: Cinco Días / El País