O setor do turismo está apostando grande parte de seu futuro neste verão, mas por enquanto a temporada de verão oferece mais dúvidas do que certezas. Além das restrições, as companhias aéreas alertam para a incerteza gerada pelo calendário de vacinação. Um fator externo que pode causar centenas de cancelamentos no meio do verão.
No setor eles calculam que, ao ritmo atual, no final de junho a primeira dose será injetada em um bom número de pilotos e tripulantes de cabine. Alguns trabalhadores ficarão impedidos de voar, o que afetaria as operações de algumas empresas que planejam o verão há meses. “Podemos nos encontrar sem resposta ao esperado crescimento da demanda”, explicou Javier Gándara, presidente da Associação de Linhas Aéreas (ALA).
Com essa perspectiva, as companhias aéreas estão pressionando o governo para que elas próprias administrem as doses nos seus trabalhadores. O empregador cita o caso da Seat, que chegou a um acordo com o Ministério da Saúde da Catalunha para vacinar seus trabalhadores com mais de 50 anos.
As companhias aéreas exigiram uma reunião com a ministra da Saúde, Carolina Darias e os conselheiros regionais para tratar dessa possibilidade, embora ainda não tenham recebido resposta ao pedido. Gándara considera fundamental chegar a um acordo para, pelo menos, gerir a vacinação das tripulações que estão em Madrid, Catalunha, Canárias e Palma de Maiorca, regiões onde o sector tem mais trabalhadores.
A intenção é chegar ao verão com 100% dos recursos disponíveis, já condicionado pelas restrições impostas pelos governos europeus. O fim do estado de alarme na Espanha, segundo Gándara, “só serviu para reativar a demanda nacional por voos”.
Fonte: ABC