A nova concessão de crédito para aquisição de hipotecas se recupera após o retrocesso devido à crise do novo coronavírus e cresce em outubro, pelo segundo mês consecutivo, a níveis superiores a 2019. Especificamente, os bancos espanhóis concederam 4.090 milhões de euros em hipotecas em outubro, 4,2% a mais que no mesmo mês do ano passado, segundo os últimos dados publicados pelo Banco da Espanha. Esta evolução positiva junta-se à iniciada em setembro, quando as entidades do país emprestaram 4.023 milhões de euros para a aquisição de imóveis, valor que também superou em até 25% o concedido em setembro de 2019.
No entanto, os dados de outubro consolidam a recuperação destes créditos, tendo em conta que foi um mês marcado pelas diferentes restrições à mobilidade que as Comunidades Autônomas implementaram para conter a segunda onda de infecções.
A evolução da concessão de hipotecas, no entanto, contrasta com a dos restantes empréstimos ao consumidor que, em outubro, assinalavam quedas entre 18 e 27%. O banco emprestou neste segmento, no passado mês de outubro, 2.382 milhões de euros, volume que representa 27% menos do que foi investido no mesmo mês de 2019.
A incerteza econômica, as ERTEs e o aumento da taxa de desemprego pesam sobre as decisões de consumo dos cidadãos que continuam aumentando a taxa de poupança contra os gastos. De fato, a maioria das pessoas encerraram o mês de outubro com depósitos de 896,7 mil milhões de euros, mais 7,5% que no mesmo período do ano anterior. Desde o início da pandemia, as famílias espanholas economizaram 44,8 bilhões de euros, segundo dados do supervisor nacional.