Apesar das muitas críticas, a partir de 1 de janeiro de 2021 os trabalhadores por conta própria vão pagar um mínimo de seis e um máximo de 24 euros a mais por mês, em relação ao que pagavam em setembro de 2020. Para o autônomo que contribui com o mínimo, o acréscimo em relação a setembro será de seis euros. Significa que em 2021 pagará cerca de 72 euros a mais ao longo de todo o ano.
Como o autônomo ainda pode escolher o que cotiza, existe a possibilidade de que outros profissionais tenham que enfrentar um aumento ainda maior. No caso de ser cobrado para o máximo, cerca de 24 euros, o trabalhador contribui com um total de 288 euros a mais ao longo de 2021 para o INSS Espanhol.
Segundo o presidente da Associação dos Trabalhadores Autônomos (ATA), Lorenzo Amor, 3,2 milhões de trabalhadores terão de enfrentar esse aumento que se deve ao fato do Ministério ter decidido aplicar o reajuste acordado em 2018 no final deste ano. O do próximo ano também se deve ao pacto para aumentar a proteção dos trabalhadores autônomos nos próximos anos.
Amor, acredita que este não é o melhor momento de aumentar as cotas já que quando foi acertado em 2018, a economia crescia a uma taxa de 3% e agora está caindo em 12%. Em 2018, a meta era passar de 30% para 31% em 2022 em termos de contingências profissionais e coberturas para cessação de atividade.
Foi detalhado que o aumento das cotas não afetará o auxílio que já foi aprovado e que vigorará até 31 de janeiro de 2021. O presidente da ATA lembra que a maioria dos autônomos pede para que não seja aplicado o referido aumento. Em 2020, 1,6 milhão de freelancers declararam perdas superiores a 60% de sua receita.