Após a detenção do chefe da “Extranjería de Castelló”, os funcionários que trabalham nesta “Extranjería” confirmaram que algo não ia bem em relação à gestão das nomeações para a realização de qualquer tipo de procedimento.
Com o oficial de 60 anos solto, mas com a obrigação de se apresentar perante a um juiz, alguns eventos começam a surgir que, supostamente, poderiam ter motivado a investigação que levou à sua prisão. E como foi confirmado pelo “Colegio de Graduados Sociales”, as reclamações sobre as dificuldades em realizar os trâmites junto a esta repartição de imigração passaram a ser semanais nos últimos tempos. A disponibilidade de agendamentos, que solicitam eletronicamente, passou a estar ausente muitas vezes e passou a dificultar alguns processos que em outras províncias vai bem.
É fato que existem pessoas que negociam “citas”. O “Colegio de Graduados Sociales” inclusive já denunciou que dois “locutórios” em Benicàssim e Segorbe estavam fazendo esse “serviço” para imigrantes interessados.
O preço das “citas” extra-oficiais pode rondar os 200 euros. Como consequência do aumento dos atrasos devido à pandemia, recentemente alguns funcionários foram solicitados para avançarem em processos como arraigo, asilo ou residência e, em troca, receber 400 euros.
Mesmo assim, não há registro oficial de que todas essas suspeitas possam estar vinculadas ao suposto crime de suborno do qual o funcionário detido é acusado de aceitar uma compensação econômica para realizar ou omitir um ato de sua jurisdição, em neste caso, aparentemente, a marcação de “citas”.