A empresa espanhola Aena Desarollo Internacional arrematou por R$ 2,45 bilhões um bloco de 11 aeroportos, que inclui o terminal de Congonhas, em São Paulo, o segundo mais movimentado do país em número de passageiros. O consórcio espanhol ofereceu um valor 231,02% acima do lance inicial mínimo, de R$ 740,1 milhões. A Aena já opera seis aeroportos no Nordeste.
A Aena fez sua estreia no mercado brasileiro ao vencer o leilão de seis aeroportos no Nordeste do país, em 2019, em um leilão com disputa acirrada. Hoje, a companhia opera terminais em Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju, Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB). A companhia planeja chegar a uma cifra de investimento de R$ 1,4 bilhão até o fim do de 2023 nesses ativos. Globalmente, o grupo opera 46 aeroportos na Espanha (entre eles, Barajas, em Madrid), um no Reino Unido (Londres-Luton), 12 no México, dois na Colômbia e dois na Jamaica.
No total, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) leiloou 15 aeroportos hoje, por R$ 2,72 bilhões, distribuídos em três blocos. Dois deles tiveram só um interessado cada. Juntos, esses aeroportos respondiam por 15,8% do tráfego de passageiros do país antes da pandemia, em 2019, o equivalente a mais de 30 milhões de passageiros por ano.
Mudanças virão. A previsão é que a capacidade do aeroporto de Congonhas aumente para 44 voos comerciais por hora e o tráfego de passageiros por ano deve chegar ao recorde de 35 milhões de usuários. Estima-se que os preços das passagens deve reduzir, por conta do aumento de vôos. Porém, as tarifas de embarque não devem mudar, isso porque as tarifas cobradas pelo aeroporto e pagas pelos passageiros são reguladas pela Anac, isto é, a concessionária precisa de autorização da agência para subir ou baixar as taxas.