A sétima arte é capaz de entreter e emocionar através de produções aperfeiçoadas ao longo do tempo. Para além disso, hoje é dia de entender como ela se diferencia nesses dois territórios.
Alô passageiros do voo rumo às principais diferenças entre Espanha e Brasil! Prontos para um blog post cheio de grandes nomes e obras que mexeram as estruturas do cinema mundial? Então prepara a pipoca que hoje é dia de diferenciar estes países sob a lente cinematográfica.
A sétima arte é uma senhora que nasceu em pleno século XIX. Desde então é responsável por encantar pessoas ao redor do mundo com produções capazes entreter profundamente. Suas sinuosas curvas nasceram de uma tremenda evolução no domínio fotográfico e do estudo da percepção visual humana sobre o movimento. O ano, 1895. O palco de sua primeira aparição, Salão Grand Café em Paris, na França.
Dois anos mais tarde, 1897, os espanhóis, vizinhos dos pioneiros franceses, fizeram sua primeira projeção pública de imagens animadas. Eis o primeiro marco de uma história que só alcança um lugar de destaque depois da primeira década do século XX. Foi um tempo no qual a indústria cinematográfica já alcançava as cidades de Madrid, Barcelona e Valência com produções que retratavam o teatro e a literatura tipicamente espanhol numa roupagem cinematográfica que ultrapassou as fronteiras encantando espectadores de outros países.
Enquanto isso no Brasil…
A localização geográfica não foi suficiente para atrasar a inserção brasileira no universo das grandes telas. 1896 foi o marco inicial da participação brasileira de forma muito mais exibidora do que criadora. Um ano mais tarde percebemos as primeiras expressões artísticas autorais, mas de maneira tímida quando comparamos a Espanha. Durante muito tempo, o cinema brasileiro, ocupou um lugar de entreter de forma não autoral. Só nos anos de 1960 a 1970, durante o cinema novo, que conseguimos sentir uma força no cenário cinematográfico brasileiro. Movimento que bebeu, principalmente, do neorrealismo italiano a fim de estremecer a estrutura de uma antiga forma de fazer cinema. Então, nesse período, as comédia e musicais deram lugar a um tom, estilo e conteúdo que criticavam as desigualdades sociais comuns em terras tropicais.
A modernidade cinematográfica
A década de 60 foi igualmente importante tanto para Espanha quanto para o Brasil no aspecto cinema já que nesse período o mundo passava por grandes transformações políticas e econômicas que marcaram as produções da época.
As principais obras brasileiras que merecem destaque são: Vidas Secas, Os Fuzis e Deus e o Diabo na terra do sol. Enquanto isso na Espanha, Pedro Almodóvar colocou seu talento para subversão na ativa lançando os curtas: Dos putas, o historia de amor que termina en boda, La caída de Sódoma, Muerte en la carretera e Salomé.
Grandes nomes
O premiado Almodóvar é o grande expoente do cinema espanhol sendo responsável por levar o nome do cinema espanhol ao mundo. Mas não pense que os destaques param por aí. Luis Buñuel, Luis García Berlanga e Juan Antonio Bardem são outros nomes espanhóis aclamados.
No Brasil, nenhum nome de produtor se repete com tanta força quando comparados aos ditos acima. Contudo, em termos de atuação, Fernanda Montenegro é um nome que ultrapassa as fronteiras brasileiras. Antonio Banderas e Penélope Cruz são os nomes espanhóis com alcance mundial na atuação.
Atualmente, as produções espanholas têm conquistado o mundo no universo do stream. Já as brasileiras conseguem uma expressão maior em território nacional.