Os números do aborto aumentam na Espanha. Em 2019, 99.149 mulheres interromperam a gravidez, segundo dados do Ministério da Saúde. Isso representa 3.232 abortos a mais que no ano anterior e o maior número desde 2013, quando o registro chegou a 108.690.
Especificamente, a taxa de interrupções voluntárias da gravidez por 1.000 mulheres com idades entre 15 e 44 anos foi de 11,53 em 2019, o valor mais alto desde 2013, quando atingiu 11,74.
90,90% das intervenções foram feitas a pedido das mulheres, 5,85% devido a risco grave para a saúde da mulher, 2,93% devido ao risco de anomalias graves no feto, 0,32% para anomalias fetais incompatíveis com a vida ou doença extremamente grave e incurável e 0,01% por “motivos diversos”, segundo o relatório de saúde.
Por faixa etária, os dados incluem 341 abortos entre menores de 15 anos e 10.038 no grupo de 15 a 19 anos. Ou seja, em ambos os casos cifras superiores aos anos anteriores quando 310 menores de 15 anos abortaram e 9.518 eram da faixa etária de 15 a 19 anos, No total, houve 551 crianças com menos de 20 anos a mais do que em 2018 que interromperam a gravidez.
Porém, a faixa etária em que mais ocorrem interrupções da gravidez é entre 25-29 anos, com 21.882 intervenções no ano passado; seguido por 20-24 anos, com 20.938; e o 30-34, com 20.392. Entre 35-39 anos, ocorreram 17.331 abortos; e mais de 40 anos, 8.227.
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Vale lembrar que o aborto na Espanha é permitido até a 14ª semana de gestação e, até a 22ª, desde que a gestação possa comprometer a vida ou a saúde da gestante ou constatada malformação no feto, se certificada por dois médicos. Após esse período, o aborto fica condicionado, a partir de laudos de um painel de médicos, à anomalia fetal que signifique risco à vida ou quando o feto sofrer de doença grave e incurável.