O mês de junho vai fechar com o preço de eletricidade mais alto registrado na história da Espanha. Com a média prevista de € 93,89 por megawatt-hora o mês em que entrou em funcionamento o novo tarifário com três tranches apresenta uma média no mercado diário de € 83,3 por MWh, 172% superior ao preço médio de junho de 2020, em que as restrições e a queda do consumo e da produção industrial provocaram desequilíbrios na demanda e, portanto, nos preços. No entanto, os preços de junho também são anormalmente elevados diante dos do sexto mês de 2019, 76,5% mais elevados, já que nesse mês fechou a 47,2 euros/MWh.
Os 83,3 euros medidos em relação ao mês de junho constituem agora o preço mais elevado pago na história da eletricidade espanhola, ultrapassando o recorde de 71,49 euros registado em janeiro de 2017.
O ano começou com as tarifas de luz elevadas em consequência da nevasca “Filomena” que em janeiro deixou a sua marca e deixou o preço médio do megawatt-hora nos 60 euros. Porém, o pico máximo de janeiro foi 94,99 euros MWh.
Fevereiro fechou a 28,5 euros MWh; Março, a 45,5 euros MWh; e abril, a 65 euros MWh. Assim, a média dos primeiros cinco meses do ano, antes da entrada em vigor da nova fatura de eletricidade, foi de 53,2 euros MWh, sendo que o preço de junho é 103% superior ao do resto do ano.
A situação espanhola ainda surpreende porque apesar da dependência do gás de países como a Alemanha, o preço do megawatt-hora na Espanha foi 12,5% superior ao alemão e 13,3% superior ao registrado na França, segundo os dados fornecidos pela Associação das Empresas de Grande Consumo de Energia.
Além disso, a situação parece que não vai parar por ai. A AEGE estima, de acordo com a evolução do mercado diário em 2021 e as cotações futuras até ao final do ano, oferecer um preço médio estimado do mercado espanhol de eletricidade de 74,67 euros por MWh, um preço 119% superior ao de 2020, e 9,3% mais caro que o alemão.
Fonte: La Razón