Em torno de 100 mil funcionários dos Correios de todo o Brasil decidiram entrar em greve na noite de 17 de agosto de 2020. De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa, a paralisação é uma resposta à retirada de direitos dos funcionários e à tentativa de privatização dos Correios.
O processo pode ser visto, em princípio, pelo enxugamento do quadro de funcionários e a precarização na empresa pode ser uma estratégia de sucateamento para justificar a privatização. Mudanças como a redução no tempo de licença-maternidade (de 180 dias para 120 dias) e a extinção do pagamento adicional noturno e de horas-extras, dos 30% de adicional de risco (insalubridade), da indenização por morte, do auxílio para filhos com necessidades especiais e do auxílio-creche, levaram os funcionários do Correios a entrarem em greve.
Nesta terça-feira (22), os 31 sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) acataram a decisão judicial e decretaram o fim da paralisação nos Correios e 92,7% dos trabalhadores já voltaram ao trabalho.
O Tribunal Superior do Trabalho afirmou que a greve não foi abusiva. Com isso, metade dos dias de paralisação será descontada do salário dos empregados. A outra metade deverá ser compensada.