O Senado Espanhol estuda uma distribuição solidária dos imigrantes que chegam às Ilhas Canárias entre os diferentes centros de acolhimento da Península e também incluir a política de migração na agenda da Conferência dos Presidentes de 26 de outubro.
A Câmara debateu o assunto que incorporou sugestões dos grupos e que se tornou um texto alternativo em defesa dos imigrantes apoiados pelos Grupos Socialistas, Populares, Vascos, Cidadãos e Nacionalista. O Partido Popular também está entre os integrantes e seu porta-voz, Sérgio Ramos, atacou o governo socialista dizendo que as Ilhas Canárias foram abandonadas e que é uma comunidade que “não precisa de esmola, mas de respeito”.
O político comparou o momento com o ano em que o PP governou as ilhas, em 2017, quando chegaram 470 imigrantes na região e hoje estão cerca de 6.000. “Eles perderam totalmente a vergonha”, enfatizou Ramos, que, no entanto, apoiou o texto, mas não sem antes deixar claro que seu partido “não vai desrespeitar” as Ilhas Canárias.
O primeiro ponto do texto desenvolvido é criar uma comissão para “reforçar a coordenação entre todas as administrações na atenção à situação migratória que existe nas Ilhas Canárias”.
O documento pede ainda meios e mais pessoais para reforçar o controle e vigilância nas fronteiras da costa das Canárias. Durante o debate, alguns senadores, como Sara Vilà, do Podemos, e Ana María Sura, do EH-Bildu, reiteraram sua posição a favor do fechamento dos Centros de Internação de Estrangeiros (CIE).