A recuperação se concentrará principalmente na capacidade de consumo interno, incluindo o desejo dos espanhóis de viajar. Essa é a conclusão do relatório do BBVA Research que analisa como as economias regionais se comportarão neste e no próximo ano. O destaque vai para as comunidades insulares, principalmente as Ilhas Baleares, cujo PIB aumentará 8,3% neste ano e Ilhas Canárias, com 6,9% nas, acima da medida nacional de 6,5%. Em 2022, os números serão ainda melhores, porque enquanto o PIB nacional vai aumentar 7%, as Baleares vão disparar 11,6% e as Canárias vão continuar o seu ritmo com 10,7% graças à recuperação do turismo de estrangeiros.
O maior crescimento econômico das duas comunidades será, em parte, reflexo da maior queda que sofreram no ano passado e ocorre apesar da maior dependência do turismo estrangeiro. Por isso, os dois arquipélagos terão de esperar até ao próximo ano para ver as suas economias realmente emergirem.
A pesquisa determina que o consumo interno acelera a economia da Andaluzia e da Comunidade Valenciana (+ 6,7%), e da Catalunha e Múrcia (+ 6,6%), que vai crescer mais do que toda a Espanha, favorecida pelo aumento do turismo nacional. O mesmo acontecerá com Cantábria e Galícia (+ 6,8%) e Aragón (+ 6,6%). A maior despesa do turismo nacional ocorre em detrimento dos pontos de origem dos turistas, como a Comunidade de Madri (6,3%), ou a província de Barcelona, anteriormente beneficiada pelo consumo cativo dos seus habitantes.
A ausência do turismo, principalmente do turismo nacional, pesará sobre algumas comunidades como Castilla-La Mancha (+ 5,9%) e Extremadura (+ 5,7%) que mantêm um diferencial negativo por não serem beneficiados por este turismo nacional mas, sobretudo, por terem sofrido quedas relativamente menores, em termos absolutos, do que as do resto das comunidades durante o ano passado. Abaixo da média encontram-se também La Rioja (+ 5,6%), Navarra (+ 5,9%) e o País Basco (+ 6,2%).
Fonte: El Economista