O ministro das Migrações da Espanha comunicou recentemente que os migrantes que chegam ao País em situação irregular demoram em média sete anos e meio a obter uma autorização de residência. Em uma apresentação sobre os fundos da UE Next Generation em El Escorial (Madrid), o ministro destacou este processo lento que os especialistas atribuem principalmente ao tipo de contrato exigido aos migrantes e à demora das autoridades no processamento das autorizações.
Atualmente, de acordo com a lei, os imigrantes devem apresentar um contrato que só é válido se durar um ano e for em tempo integral. A dificuldade em encontrar este tipo de oferta favorece o aparecimento de contratos de favores, que são auxílios entre conhecidos para que o afetado possa apresentar uma oferta de trabalho que, embora não seja executada posteriormente, lhe permita avançar no procedimento.
Além dessa rigidez na regra, a empresa deve aguardar a aprovação da administração da documentação fornecida. Essa parte abre a porta para o segundo grande obstáculo no caminho da regularização: a demora na resolução dos arquivos. Esse procedimento pode levar até seis meses nos casos mais simples e mais de um ano nos mais complexos.