O preço dos imóveis já começaram a sofrer queda de preço com o reflexo da pandemia do novo coronavírus. A avaliadora Tinsa publicou relatório que reflete que o preço das casas caiu 0,4% na taxa interanual durante o terceiro trimestre do ano, para 1.361 euros por metro quadrado.
As Ilhas Baleares e Canárias (+ 0,4%) e as Astúrias (+ 3,0%) foram as únicas regiões que mantiveram aumentos no terceiro trimestre do ano. Por outro lado, as maiores quedas ocorreram em Extemadura (-6%), Andaluzia (-5,4%) e Aragão (-5%).
A maior parte das capitais (34 cidades) apresentou variações interanuais negativas no terceiro trimestre. Mas também há exceções – como Lérida ou Badajoz – e algumas cidades chegaram a apresentar aumentos de dois dígitos.
Quanto mais para o sul da Espanha, maior a probabilidade de apresentar variações pontuais que geralmente são corrigidas em trimestres sucessivos, até que a tendência se consolide. “Esse efeito se acentua em contextos como o atual, com menos atividade e, portanto, com uma amostra menor de operações”, explicou o diretor do serviço de pesquisa da Tinsa, Rafael Gil.
Madrid e Barcelona, que foram os motores do setor imobiliário durante o último ciclo de alta, foram duas das áreas com as maiores quedas anuais entre junho e setembro. A capital sofreu um decréscimo de 3,6%, enquanto a Ciudad Condal desvalorizou 4,7%.
As capitais de província mais caras, segundo as estatísticas publicadas ontem pela Tinsa, são San Sebastián (3.511 euros por metro quadrado), Barcelona (3.190) e Madrid (2.856), seguidas de Bilbao, Palma de Mallorca e Cádiz (acima de 2.000). No extremo oposto e abaixo de 900 euros por metro quadrado aparecem cidades como Lugo, Ávila, Zamora, Teruel, Cuenca, Ourense e Castellón.