Para ser considerado um residente fiscal, é preciso cumprir alguns requisitos. Neste artigo, falaremos sobre eles e os principais tipos de impostos da Espanha.
Você já ouviu falar no termo “residência fiscal”? Esse termo tem a ver com o pagamento de taxas e impostos no país. Mas como saber se você é um residente fiscal no território espanhol? É isso que vamos explicar neste artigo, assim como os principais tipos de taxas existentes no território espanhol.
O que significa Residência Fiscal?
É um conceito adquirido na Espanha por estrangeiros que moram por muitos meses durante o ano no país e/ou tenham interesses econômicos por aqui. Para a Receita Federal Espanhola, isso significa que há uma obrigação de pagamento de impostos para esse indivíduo. Ou seja, se você possuir residência fiscal, será preciso pagar certas taxas estabelecidas pelo governo espanhol.
Quem pode ser considerado residente fiscal?
A Receita Federal da Espanha considera como residentes fiscais pessoas que preencham qualquer um desses requisitos:
- Permaneça por mais de 183 dias por ano na Espanha
De janeiro a dezembro de cada ano, some todos os dias que você esteve na Espanha. Caso o resultado dê mais de 183, você é considerado um residente fiscal. Outra coisa importante de lembrar é que esses dias não precisam ser consecutivos. Caso você saia de férias por um curto período, por exemplo, esses dias continuam a contar como tempo vivido na Espanha.
- Que possua uma base de interesses econômicos (direta ou indiretamente) no país
Caso você permaneça menos de 183 dias no território espanhol, ainda assim pode ser considerado um residente fiscal, caso a Espanha seja considerada um país de interesses econômicos para você. Um exemplo é de profissionais que viajam bastante a trabalho, mas são ligados a empresas com sedes no país. Dessa forma, mesmo não ultrapassando o limite de dias, ele possui residência fiscal.
- Que tenha cônjuge ou filho(a) menor dependentes que residam no território espanhol
Se você não cumpre nenhum dos requisitos acima, mas é casado(a) ou possui filho(a) menor dependente que mora na Espanha, então automaticamente será considerado um residente fiscal.
Tipos de impostos na Espanha
Geralmente, eles se dividem em impostos para residentes e não residentes fiscais. Em relação aos residentes fiscais, é preciso pagar imposto de renda na Espanha sobre todas as receitas do país e receitas geradas em todo o mundo. O percentual depende de cada caso. Porém há uma exceção para isso: a Lei de Beckham, que permite o pagamento de uma porcentagem fixa de 24% sobre o rendimento para quem não residiu na Espanha nos últimos 10 anos.
Já em relação aos não residentes fiscais, existem dois tipos de impostos que devem ser pagos: o imposto de renda de não residente e o imposto sobre a fortuna.
O imposto de renda de não residente é considerado apenas para quem possui bens imóveis e ações. Já o imposto sobre a fortuna é direcionado para quem tenha imóveis com valores acima de 700 mil euros.
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2 respostas
O meu irmão está considerado incapaz, estando em curso no tribunal a minha nomeação como seu acompanhante (de maior). Tem várias contas bancárias em Espanha de valor muito considerável, mas como é residente fiscal em Portugal tem pago os seus impostos em PORTUGAL.
Agora as Finanças Espanholas querem tributá-lo com um IMPOSTO SOBRE EL PATRIMONIO, apesar de ele não ter qualquer bem ou direito em ESPANHA para além dos valores depositados nas contas (não tem também qualquer ação ou equivalente).
Será devido este imposto a incidir sobre o saldo das contas bancárias?
obre a situação do seu irmão, o Imposto Sobre o Patrimônio na Espanha incide sobre o valor total dos bens e direitos de uma pessoa, considerando algumas especificidades, como a residência fiscal. Mesmo que seu irmão seja residente fiscal em Portugal, os bens e direitos que ele possui na Espanha, como as contas bancárias, podem sim estar sujeitos a esse imposto, dependendo das leis de tributação entre os dois países.
É importante consultar um especialista em direito tributário ou um assessor fiscal que tenha conhecimento sobre a legislação tributária de ambos países, para avaliar a situação detalhadamente. Eles poderão oferecer orientações específicas sobre as obrigações fiscais do seu irmão na Espanha, considerando sua incapacidade e residência fiscal em Portugal.
Além disso, a nomeação como acompanhante pode conferir-lhe autoridade para gerir esses assuntos em nome dele, mas garantir o conselho correto pode evitar problemas fiscais futuros. Boa sorte, e espero que consigam resolver essa situação da melhor forma!