Nos últimos doze meses Madri é o território espanhol com a menor taxa de mortalidade, apenas igualado pelas Ilhas Baleares e Melilha. A taxa de letalidade é uma ferramenta fundamental para epidemiologistas ao analisar a evolução de uma pandemia. Especificamente, mede o número de pessoas que morrem por uma doença entre os doentes que dela padecem, o que permite tirar conclusões sobre o bom ou mau funcionamento do diagnóstico precoce, os cuidados de saúde prestados e a eficácia dos tratamentos administrados.
O Instituto de Saúde Carlos III, dependente do Governo, e a Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica (Renave) confirmam os excelentes resultados alcançados por Madri nesta seção particular, em comparação com o resto das regiões espanholas. Este instituto coleciona estatísticas há apenas um ano, em 10 de maio de 2020, quando já havia acabado a temível primeira onda na Espanha. Desde então, 49.058 pessoas morreram na Espanha e 6.383 delas morreram em Madrid. Esta comunidade ocupa o terceiro lugar no número total de mortes, atrás apenas da Andaluzia, que registrou 8.243 mortes, e da Catalunha, que registrou 7.645.
São números que se enquadram na “normalidade”, por se tratarem dos territórios mais populosos do país. Tanto em Madri como em Catalunha, existe também a particularidade da elevada densidade populacional e a elevada mobilidade da capital e de Barcelona, o que favorece a propagação do vírus SARS-Cov-2 e suas variantes. No entanto, Madri se sai muito bem em termos de letalidade. As 6.383 mortes registradas nos últimos doze meses, em que ocorreram, nem mais nem menos, que três ondas, representam apenas 1% das 620.618 infecções diagnosticadas em seu território. A média em toda a Espanha é de 1,5%.
Fonte: La Razón