A Comunidade de Madrid já dispõe de um teste de saliva que proporciona uma fiabilidade de 98%, mas precisa de uma validação para continuar a sua progressão e iniciar uma distribuição. Esta é a conclusão do ensaio clínico realizado na Universidade Autônoma de Madrid (UAM) e no Hospital La Paz, que também reflete uma sensibilidade de 100%.
Os investigadores madrilenhos do teste do Hospital Carlos III já transferiram os resultados preliminares dos dois testes-piloto para o Ministério da Saúde, em que participaram alunos, professores, doentes e profissionais da saúde. Isso aumenta as possibilidade de se iniciar uma estratégia de comercialização do autoteste nas farmácias como sistema de controle epidemiológico. Além disso, a Comunidade, que apoia o sucesso do ensaio clínico, encaminhará formalmente os resultados à equipe de Salvador Illa.
O executivo regional espera que o Ministério da Saúde valide os testes em breve. Os estudiosos estão animados com os resultados e afirmam que a saliva é “uma fonte confiável de informação para o diagnóstico precoce do coronavírus por meio do autoteste”. No entanto, a validação desta ferramenta, apontam fontes do Ministério da Saúde, está em “tramitação em laboratório” e indicam que, no momento, não receberam resposta do Ministério sobre a solicitação de realização de exames de antígeno em farmácias, um pilar básico na estratégia do Governo de Isabel Díaz Ayuso para chegar ao Natal com o maior controle possível.
O teste usa uma amostra de saliva, onde os anticorpos atingem uma concentração mais alta do que no sangue durante os estágios iniciais da infecção. Dependendo do resultado desse autodiagnóstico, outros tipos de exames seriam prescritos, como antígenos ou PCR quando necessário. Embora a ideia ainda tenha um longo caminho a percorrer, o ministro da Saúde, Enrique Ruiz Escudero, reconheceu a oportunidade desse tipo de autodiagnóstico para o qual, sim, seria necessário “treinar a população do ponto de vista tecnológico”.