Apesar do Paro aumentar em quase 49.558 pessoas em outubro, 113.974 empregos foram criados com o início do ano letivo que foi um reforço nas escolas para um retorno seguro no quadro da pandemia. No entanto, esta melhoria no mercado de trabalho não impediu que o desemprego continuasse a subir nos últimos meses.
Este ano, os dados têm mais um indicador: o Ertes em consequência da pandemia. Porém, em relação ao que aconteceu nos meses anteriores, a referência não inclui os trabalhadores que se encontram em suspensão do trabalho ou redução da jornada pela Erte, uma vez que a definição de desemprego registrado não os considera como desempregados.
De acordo com dados do departamento liderado por Yolanda Díaz, um total de 129.559 pessoas deixaram a Erte em outubro, baixando o número de afetados para 599.350, o que significa que mais de três em cada quatro trabalhadores abandonaram a Erte que estavam durante a primeira onda da pandemia do Covid-19.
A educação é o setor que mais contribui para o aumento mensal de filiados, com 135.032 trabalhadores a mais que no mês anterior, 16,27%. Também aumentou a adesão a atividades artísticas, recreativas e de entretenimento, com 8.766 sócios a mais (3,94%), administração pública e defesa, com 27.084 ocupados (2,44%), construção, 10.488 (1,22%) e indústria de transformação, com 6.826 a mais trabalhadores (0,37%).
Em sentido contrário, a queda mais acentuada correspondeu ao setor da hotelaria, que registou menos 85.077 afiliados, menos 7,10%. Destaca também as atividades de saúde e assistência social, com 15.341 a menos afiliados (-0,92%). A agricultura, pecuária e pesca, com 2.453 a menos filiados, registrou variação de 3,11% a menos neste mês.