Málaga e Alicante são os principais centros de interesse imobiliário da costa espanhola. De fato, ambas as províncias concentram grande parte da oferta que os promotores apresentam na nova edição do Salão Imobiliário (SIMA). A atratividade dos dois pontos geográficos reside no seu desenvolvimento social, econômico e cultural, e no fato de serem destinos turísticos tradicionais de sol e praia. Este último aspecto desperta especial interesse entre os compradores nacionais –que procuram uma segunda residência– e entre os estrangeiros –principalmente britânicos– que compram habitação a preços mais acessíveis do que nos seus países de origem.
No caso de Málaga, a província vive há anos uma frenética atividade imobiliária em termos de vendas, demanda, construção e preços. Relativamente à última variável, o m2 atingiu 1.977 euros no primeiro trimestre do ano, o que representa um aumento anual de 7,6% e 1,2% acima do trimestre anterior, de acordo com as estatísticas Tinsa IMIE Local Markets. No entanto, ainda está 22,6% abaixo do máximo alcançado em 2007, ano de maior prosperidade do setor.
“Málaga é uma das províncias em que o preço residencial mais cresceu nos últimos anos, impulsionado tanto pela atividade turística quanto pela geração de empregos na capital, que se posiciona como um polo de atividade. A procura de habitação e a concorrência pelo espaço, fazendo subir os preços”, explica Cristina Arias, directora do Serviço de Estudos da Tinsa.
Atualmente, a capital tem uma oferta habitacional para venda de mais de 7.000 unidades, 5.300 correspondem a usadas e cerca de 1.700 unidades a novas construções, segundo a empresa de serviços imobiliários Activum Real Estate Consulting, onde no seu último relatório apontou para uma média de cerca de 15 casas vendidas por dia.
Quanto aos preços, subiram 10,2% ao ano, atingindo 2.110 euros/m2. Os distritos de Este, Centro e Bailén-Miraflores lideraram os aumentos com aumentos anuais superiores a 10%. Chama a atenção o fato de nenhuma área da cidade ter registrado variações negativas na primeira parte do ano.
Na província da Andaluzia encontra-se um dos municípios mais caros do país: Marbella. O preço por m2 atingiu 2.504 euros no final do primeiro trimestre, um aumento anual de 4,1%, mas representa um ligeiro decréscimo de 0,6% face ao trimestre anterior. Outro dos mercados mais destacados da província de Málaga é Vélez-Málaga, onde o m2 é pago a uma taxa de 1.645 euros. Nesse caso, o resultado representa alta anual de 6,7% e de 2% na comparação trimestral.
Alicante
A província de Alicante consolidou-se nos últimos anos como outro ponto chave no mercado imobiliário espanhol. Prova disso é que foi a província onde mais casas foram vendidas em todo o país proporcionalmente ao número de habitantes, segundo dados dos Conservatórios do Registo Predial. A demanda por moradias cresceu tanto nos últimos meses que o preço sofreu aumentos significativos.
Segundo dados da Tinsa, no final do primeiro trimestre do ano, o metro quadrado atingiu os 1.341 euros euros/m2, mais 2,8% homólogo e 0,3% trimestral. Mesmo assim, o preço está 31,7% abaixo do máximo alcançado na província em pleno boom imobiliário.
“O crescimento dos preços em Alicante nos últimos anos foi mais moderado do que em Valência ou Castellón, embora também tenha crescido consideravelmente, impulsionado pelos municípios costeiros com grande demanda turística”, comenta o chefe do Serviço de Estudos da Tinsa.
Por municípios, Benidorm tem os preços de habitação mais caros de toda a província. O m2 desta cidade costeira está pago a uma taxa de 1.919 euros, o que representa um aumento anual de 2,7% – Benidorm é, a par de Madrid e Barcelona, um dos principais destinos de relevância turística e social em 2022, segundo o Exceltur.
Outro ponto de interesse imobiliário especial na província de Alicante é Orihuela, onde o preço da habitação caiu 6% ao ano, para 1.344 euros/m2. Torrevieja (1.373 euros/m2, mais 5,1% ao ano) e Elche (1.201 euros/m2, 5,3% a mais que no ano anterior) também ultrapassam a barreira dos 1.000 euros. Os municípios de Alicante mais acessíveis para comprar casa são Alcoy (832 euros/m2, mais 0,4% ano-a-ano) e Elda (894 euros/m2, mais 0,9% ano-a-ano).
(Fonte: EL Economista)