O Plano Espanha 2050 apresentado pelo Presidente do Governo, Pedro Sánchez, projeta, nos seus objetivos de longo prazo, um mercado de trabalho muito diferente do atual, com uma redução drástica do desemprego e um aumento da atividade. Entre outros pontos, o documento prevê uma taxa de emprego que vai de 62% hoje a 80% em três décadas, uma taxa geral de desemprego que cairá de 18% para 7% e uma taxa de desemprego juvenil que será reduzida de 40% atualmente para 14%. Esses marcos, enfatiza o documento, seriam alcançados gradativamente, com avanços diferenciados para 2030 e 2040.
A Espanha ainda tem inúmeras deficiências e desequilíbrios que a tornam o terceiro país com a maior desigualdade de renda na UE e o quarto com a maior população em risco de pobreza. As principais causas desta situação, são as deficiências do mercado de trabalho e a insuficiente capacidade de arrecadação e redistribuição do sistema tributário. No que diz respeito ao emprego, o desafio que o plano coloca é resolver as carências do nosso mercado de trabalho e adaptá-lo às novas realidades sociais, econômicas e tecnológicas.
O diagnóstico do relatório é claro: Espanha continua registrando altos níveis de desemprego e precariedade que dividem a sociedade em duas e condicionam a prosperidade de todo o país. Esse problema pode ser agravado nas próximas décadas pelo impacto das transformações demográficas e tecnológicas que ocorrerão. Assim, se a inserção laboral da população não for aumentada, o envelhecimento pode provocar uma queda do pessoal ocupado a uma taxa de -0,5% ao ano até 2050, ante o aumento de 2,0% que tivemos entre 1995 e 2019.
Por isso, o foco do Plano é aumentar a taxa de emprego destinado as mulheres, jovens e pessoas com mais de 55 anos; encorajar a imigração legal; e promover a recuperação e atração de talentos. A taxa de desemprego passaria da média de 18% registrada entre 2015 e 2019 para 12% em 2030, para 10% em 2040 e 7% em 30 anos.
Fonte: Cinco Días / El País