Uma das características que irá marcar a Campanha do Imposto de Renda deste ano, é que os destinatários do Ingresso Mínimo Vital (IMV) e dos ERTEs, serão obrigados a declarar o imposto de renda, o que pode prejudicar grande parte dos cidadãos.
Os benefícios por cessação de atividade para os autônomos, ou o impacto na dedução por maternidade, são outras questões que obrigarão este ano a estar especialmente atento no cumprimento da declaração. Portanto, os gestores e consultores tributários esperam um maior volume de trabalho, tanto pelas dúvidas que podem ser geradas, quanto por uma possível sobrecarga no atendimento prestado pela Agência Tributária.
1- COM TRABALHADORES EM ERTE, AUMENTA A LISTA DOS QUE DEVEM DECLARAR IMPOSTO: março começou com mais de 12 mil trabalhadores na Extremadura em ERTE. Muitos desses trabalhadores vão precisar de uma assessoria personalizada, já que deverão declarar o que receberam nesse tempo de crise.
2- A CESSAÇÃO DA ATIVIDADE DOS AUTÔNOMOS É RENDIMENTO DE TRABALHO: Os benefícios extraordinários que os autônomos possam ter recebido devido à pandemia, como a cessação da atividade, são tributados no imposto de renda como desempenho no trabalho e, não como rendimento de sua atividade econômica.
3-O INGRESSO MÍNIMO VITAL TAMBÉM OBRIGA A APRESENTAR A DECLARAÇÃO: Os beneficiários do Rendimento Mínimo Vital devem apresentar declaração do IRPF, independentemente do valor dos seus rendimentos. A própria Agência Tributária sublinhou que, esta receita é isenta e que a grande maioria dos beneficiários não terá que incluí-la na sua declaração, embora isso não os exime de apresentar. Nem para eles nem para o resto dos integrantes de sua unidade de conviventes (o objetivo é combater a economia clandestina). Esta apresentação atinge mais de 7.100 famílias na Extremadura, com um total de 19.145 beneficiários, 8061 menores.