O Banco Central Europeu (BCE) tem a intenção de lançar o “Euro Digital” que será uma moeda digital europeia e que terá uma consulta pública a partir do dia 12 de outubro e a decisão de tê-la ou não será em meados de 2021 feita pelo Eurosistema.
Este formato deve ser acessível a todos os cidadãos e empresas e será utilizado da mesma forma que os bilhetes de forma rápida, simples e segura. O BCE enfatiza que o objetivo é complementar o dinheiro e não um substituí-lo e o Eurosistema continuará a emitindo notas de euro.
O motivo principal para o desenvolvimento do projeto é que os consumidores possam fazer pagamentos sem contato físico e melhorar o sistema de compras online. Esses fatores tiveram um aumento significativo com a pandemia do novo coronavírus.
O grupo de desenvolvimento do Eurosistema identificou que o Euro Digital vai ajudar na criação de meios de pagamento privados à escala global que ainda podem gerar problemas regulamentares e representar riscos para os estabilidade financeira e proteção do consumidor.
O euro digital também pode proteger o euro já que a nova corrida tecnológica está focada em ser capaz de emitir moedas eletrônicas seguras contra criptomoedas. A China estuda a possibilidade de emitir sua moeda digital desde 2014 e já começou a testar o “yuan digital” em várias regiões em abril deste ano. Os Estados Unidos também manifestaram interesse pelo dólar digital.
O relatório publicado pelo BCE destacou que o novo euro digital não será um “cripto-activo” ou uma “moeda estável”. Isso porque é apoiado pela Zona do Euro e continua a ser a moeda pública dos Estados. “Um euro hoje vale um euro amanhã, seja em numerário ou em euro digital”, além disso, o Banco Europeu será o único emissor do euro digital, como também é do euro físico. Ainda há muitas questões por decidir sobre a criação e funcionamento do novo euro.