A cadeia de supermercados Dia registrou perdas de 363,8 milhões de euros em 2020, 54% abaixo dos ‘números vermelhos’ de 790,5 milhões de euros registrados um ano antes, enquanto o volume de negócios se manteve estável apesar do encerramento de mais de 7% das suas lojas.
No relatório anual de resultados da empresa, enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV), a empresa destaca que o resultado alcançado em 2020 foi afetado pelo efeito monetário adverso das moedas (84,7 milhões no ano), principalmente devido à desvalorização do real brasileiro.
De acordo com as contas apresentadas, as vendas líquidas do grupo aumentaram 0,2%, para 6.882,4 milhões de euros, apesar da redução de 6,9% no número de lojas, da desvalorização do real brasileiro e do peso argentino (desvalorizações de 24,1% e 33,7% respectivamente durante 2020), e a diminuição dos níveis de turismo em algumas áreas da Espanha e Portugal como resultado das restrições impostas pelo Covid-19.
Na bolsa, as ações do Dia acumulam meses de estabilidade e fecharam nesta quarta-feira (24) a 12 centavos, o que representa uma valorização de quase 40% em relação à cotação do ano anterior.
De acordo com o CEO da Dia, Stephan DuCharme, os resultados “demonstram o progresso diário que a Dia está fazendo em seu roteiro plurianual” e também agradeceu aos funcionários por seu “excelente trabalho e contribuição” nas contas, apesar do ambiente de negócios “complexos” gerado por a crise de saúde.
