O El Corte Inglés está negociando com investidores a possibilidade de criar uma aliança para fundar sua própria marca de fundos de investimento e outros produtos financeiros. Para levar a cabo o seu projeto, o El Corte Inglés contratou a McKinsey e a FinReg. O objetivo é começar a operar no primeiro semestre de 2021.
Os candidatos devem apresentar uma documentação dizendo o motivo de querer ter o El Corte Inglés como sócio e como teria em sua estrutura organizacional. Além disso, deverão apresentar como seria a evolução da sua situação empresarial e financeira, gestão de risco, compliance, situação jurídica, auditoria interna e externo, seus sistemas tecnológicos e segurança da informação.
A empresa espanhola tem um potencial de 5 a 6 milhões de clientes contactáveis. Destes, a empresa estima que o futuro gestor poderá atrair para a sua nova atividade entre 90.000 e 167.000 clientes, cujo valor em termos de ativos sob gestão se estima entre 2.600 milhões de euros e 7.000 milhões, de acordo com o estudo realizado para a empresa por McKinsey.
A primeira fase do projeto seria desenvolver um catálogo de produtos de fundos de investimento e pensões geridos e administrados pelo El Corte Inglés, que vão investir em fundos de terceiros ou que serão geridos por delegação por entidades terceiras de reconhecido prestígio. O novo gestor vai potenciar os canais de venda presencial, com espaços específicos nos centros do El Corte Inglés, que irão partilhar espaço com seguros e produtos financeiros. O grupo não descarta futuramente a abertura de escritórios específicos localizados fora dos centros.
Fontes do El Corte Inglés asseguram que o projeto se encontra numa fase muito preliminar e que ainda não há datas específicas do plano de negócios.