Após o surgimento das novas cepas do vírus SARS-2-CoV, causador da Covid-19, o Governo Espanhol reagiu, a pedido da presidente de Madri, Isabel Diaz Ayuso, e decidiu endurecer as restrições de entrada aérea do Brasil e da África do Sul, dois dos países em que as variantes foram detectadas.
Na sua reunião desta terça-feira (02/02), o Conselho de Ministros concordou em permitir apenas voos para Espanha ocupados por cidadãos espanhóis ou andorranos, bem como residentes em ambos os países ou passageiros em trânsito para um país não Schengen com escala inferior a 24 horas, sem sair da área de trânsito do aeroporto espanhol.
A medida entrará em vigor às 9:00 horas do dia 3 de fevereiro, e terá duração de 14 dias, até as 9:00 horas do dia 17 de fevereiro, podendo ser prorrogada dependendo da evolução da epidemia. Como será lembrado, o Executivo regional de Ayuso acusou durante meses o Governo de Pedro Sánchez de transformar o aeroporto de Barajas em um ralo para infectados. O Ministério da Saúde minimizou, com Salvador Illa e Fernando Simón à frente, o risco de infecções, mas aumentou as restrições e agora, após resistir por semanas, extrema vigilância com Brasil e África do Sul, dois dos estados de origem das novas cepas, junto com o Reino Unido.
O executivo informa que, além disso, estão contempladas outras isenções relativas a voos de aeronaves do Estado, serviços de busca e salvamento, voos com escala em território espanhol para fins não comerciais e cujo destino final seja outro país, voos de carga e humanitária, médico ou de emergência.