Pela primeira vez desde abril de 2016, os quatro milhões de desempregados cadastrados nas dependências do Serviço Público de Emprego do Estado (SEPE) foram superados após 44.436 pessoas cadastradas por desocupação em fevereiro, seu maior aumento neste mês desde 2013 e um aumento de 1,12% em relação a janeiro. Além disso, as ERTEs estão disparando novamente para consolidar as 900 mil pessoas no desemprego temporário. As restrições impostas pela terceira onda da pandemia cobraram seu preço. Especificamente, o número total de desempregados registrados (“PARO”) é de 4.008.789 pessoas. Em termos dessazonalizados, o desemprego registrado aumentou 20.222 pessoas. O desemprego dos jovens com menos de 25 anos aumentou em fevereiro 9.280 pessoas (2,60%) em relação ao mês anterior.
O “PARO” aumentou em fevereiro em todos os setores da economia, exceto construção, onde caiu em 5.116 pessoas (-1,6%). O maior acréscimo veio dos serviços, o mais afetado pelas restrições, com mais 36.877 desocupados (+ 1,3%).
Em fevereiro, foram registrados 1.212.284 contratos, quase 24% a menos que no mesmo mês de 2020, dos quais 132.431 foram permanentes, 10,9% do total e 25,7% a menos que em fevereiro do ano passado. Os contratos permanentes relativos ao mês de fevereiro dividem-se, quanto à duração da sua jornada de trabalho, em 86.160 a tempo inteiro e 46.271 a tempo parcial. Os restantes contratos, até à conclusão do total de 1.212.284 relativos ao mês de fevereiro de 2021, são 6.466 de natureza formativa e 1.073.387 outros tipos de contratos temporários.
A média de afiliados à Previdência Social, em termos dessazonalizados, foi de 19.074.871 pessoas em fevereiro, 30.211 trabalhadores a menos que no mês anterior. 713.461 filiados foram recuperados desde maio de 2020, época de maior impacto da pandemia no mercado de trabalho, ou seja, 64% dos empregos foram destruídos em fevereiro.