O preço do aluguel de escritórios em Madri caiu quase 4% neste ano de pandemia, para um rendimento médio de 19 euros mensais por metro quadrado, em grande parte devido ao abrandamento da atividade econômica, que aumentou a disponibilidade.
Segundo o chefe dos Escritórios da Cushman & Wakefield, Javier Bernades, a taxa de disponibilidade observada no mercado de capitais (9,8% a partir de 1º de abril, ante 9,3% um ano antes) vai aumentar nos próximos meses e provocar quedas nos preços, mas sem atingir as quedas de dois dígitos registradas na crise de 2008, quando os aluguéis caíram acima de 30%.
“Ao contrário do que aconteceu em 2008, com disponibilidades no mercado de dois dígitos, agora estamos falando de disponibilidades na casa de um dígito e rebaixamento”, explica Bernades. Em sua opinião, este ano é que a disponibilidade vai aumentar e provavelmente vai derrubar os preços, mas não estamos vendo nada perto do que aconteceu em 2008, 2009 e 2010, que caiu 30% ou 40%. Agora estamos vendo reajustes de 5% ou 6%, depende das áreas e das edificações.
Por zonas, a mais selecionada é a chamada zona CBD (Centro Bussines ou Centro Distrito de Negócios), aproximadamente entre Cibeles e Cuatro Torres, onde no primeiro trimestre os preços caíram 6,1%, grande parte dos contratos de aluguel foram firmados em prédios com aluguéis abaixo da média da área.
É o que afirma o relatório BNP Paribas Real Estate sobre o mercado de escritórios de Madri no primeiro trimestre de 2021, que no entanto, destaca que os edifícios ‘prime’, os mais exclusivos, praticamente mantêm os seus níveis de rendimento (-0,7% ao ano), em alta a 36 euros por metro quadrado por mês.
Este relatório confirma que a queda das rendas médias atinge “todas as áreas de mercado, com exceção dos edifícios ‘prime’ com níveis de ocupação próximos dos 100%”.
Fonte: La Razón