Pesquisadores anunciaram que a vacina de Oxford pode ser até 90% eficaz se administrada de uma forma específica, ou seja, primeiro uma meia dose e depois uma inteira.
Resultados da fase 3 de teste, que incluiu voluntários inclusive do Brasil, revelaram que essa vacina é 70% eficaz e pode chegar a 90%. Menos do que os 95% da vacina da Pfizer, mas isso não é desanimador já que ter uma vacina em menos de um ano é uma grande conquista da ciência. Além disso, agências reguladoras ao redor do mundo já estavam preparadas para aprovar uma vacina que fosse 50% eficaz, portanto 70 e 90% de eficácia são números excelentes.
A vacina de Oxford já se mostrou segura e eficaz em todas as faixas etárias, inclusive entre os idosos, e ela também é mais fácil de ser armazenada do que a Pfizer que precisa ser guardada a -70°C e a de Oxford pode ser guardada em uma geladeira com temperatura entre 2°C e 8°C, portanto é muito mais fácil de ser armazenada e distribuída ao redor do mundo.
O próximo passo é esperar uma aprovação de agências reguladores e a Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca pretendem distribuir 3 bilhões de doses dessa vacina em 2021.
Uma preocupação é com o acesso dos países pobres a essa vacina. Esse é um dos temas da reunião do G-20, pois a vacina precisa ser para todos, não só para os países ricos. No Reino Unido, quando aprovada, a vacina de Oxford vai ser administrada no fim deste ano. Os profissionais da saúde terão prioridade e o Governo do Reino Unido já comprou 100 milhões de doses, ou seja, o suficiente para imunizar 50 milhões de pessoas – o que representa 75% da população-, mas além disso, o Governo Britânico já fez parceria com outros potenciais fabricantes de vacinas, num total de 350 milhões de doses.
O avanço desses estudos não significa que as restrições nos países para conter a pandemia vão acabar.