Conforme publicado no informativo “La Razón”, se um madrilenho recebe dos pais uma herança de 160.000 euros paga o imposto sucessório de 22 euros, enquanto se estivesse em Valência ou na Catalunha teria de pagar 2.200, ou seja, cem vezes mais do que na Comunidade de Madrid.
Por isso, o Ministro Regional das Finanças de Madrid, Javier Fernández-Lasquetty divulgou um pacto entre o Governo da capital e o da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) com o objetivo de igualar a tributação entre as comunidades autônomas e diminuir o imposto sobre as grandes fortunas.
Lasquetty assegurou que o Presidente do Governo, Pedro Sánchez, e a Ministra das Finanças, María Jesús Montero, são os promotores do cerco fiscal a Madrid, embora ambos se escondam atrás da ERC para diminuir os impostos para os madrilenos e “impõem um socialismo obrigatório ”.
O acordo entre a ERC e o Governo dos Orçamentos inclui a criação de uma comissão bilateral que visa acabar com o suposto “paraíso fiscal” de Madrid, como os independentistas e a esquerda descrevem a política fiscal regional de Madrid. A este respeito, Fernández-Lasquetty destaca que “Madrid tem as mesmas regras que o resto das comunidades autônomas, embora tenha sublinhado que a única diferença é que há 16 anos baixam os impostos, enquanto a Catalunha e outras fazem o contrário”.
A Comunidade de Madrid fechou 2019 com um aumento de 3,9% na arrecadação dos impostos regionais de gestão, mesmo ano em que entraram em vigor os novos abonos do Imposto sobre Heranças e Doações para tios, sobrinhos e irmãos. No final do ano, foram recolhidos 508 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 23,5% face a 2018, ou seja, mais 97 milhões de euros que no ano anterior.