Os países do sul da União Europeia (UE) voltam a pressionar para que o bloco comunitário lance um certificado de vacinação que incentive a mobilidade e resguarde o período turístico, vital para os seus interesses econômicos. Embora a França e a Alemanha liderem a oposição a esta iniciativa, o assunto será discutido novamente no encontro entre os chefes de Estado e de Governo dos 27 países.
A reunião visa coordenar a resposta ao coronavírus e abranger todas as frentes – desde o fechamento das fronteiras aos problemas de produção dos laboratórios e a consequente lentidão da vacinação – mas a Espanha defende que a nomeação deve servir para avançar nesta proposta. Apesar da relutância do eixo franco-alemão e dos países da UE, o Governo Espanhol está positivo, pois considera que o equilíbrio entre apoiantes e os contra está sofrendo alterações.
O país que lidera esta proposta até agora é a Grécia, mas a Espanha juntou-se entusiasticamente ao lado de Chipre, Malta e Itália. Por outro lado, a França e a Alemanha consideram que ainda é cedo para colocar esta questão na mesa devido às baixas taxas de vacinação do clube comunitário. Eles também duvidam que esta proposta seja segura, uma vez que os cientistas não têm evidências suficientes sobre se os viajantes imunizados podem continuar a espalhar o coronavírus. Além disso, devido a problemas de vacinação em países europeus e à seleção de grupos prioritários, consideram que um certificado deste tipo pode ser discriminatório para os cidadãos que desejam receber a dose da vacina, mas não o puderam.
Fontes diplomáticas espanholas sublinham que em nenhum momento existe a possibilidade de pessoas não vacinadas não poderem viajar, mas poderiam ser dispensadas de apresentar um teste PCR antes de irem para outro Estado-Membro.