A Europa está na corrida para superar as cepas do coronavírus. A identificação genômica do vírus é fundamental para controlar o progresso da pandemia e determinar a presença de VOCs (Variantes de Preocupação, em inglês), que estão se espalhando a um ritmo alarmante.
Há pouco mais de um mês, a Comissão Europeia pediu aos países membros que atinjam a meta de sequenciar pelo menos 5% dos casos positivos – e de preferência 10%. No entanto, os esforços que estão sendo feitos para atingir esse objetivo não estão sendo suficientes. Por isso, o Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC) alertou que, embora a capacidade de identificação genômica tenha melhorado muito, ainda não é representativa para poder entender o comportamento das variantes britânica, sul africana e brasileira. Essas variantes são transmitidas mais facilmente do que a cepa original: entre 36 e 75% a mais no caso da britânica, em torno de 50% na sul africana e uma porcentagem ainda indeterminada para a brasileira, que foi encontrada mais ou menos ao mesmo tempo pela primeira vez no Japão.
O ECDC registrou até o momento cerca de 24.000 casos da variante britânica do coronavírus na Europa, 900 da África do Sul e 200 da brasileira. Na Espanha, pelo menos dez variantes são monitoradas: a britânica, a sul-africana, a brasileira da região de Manaus e do Rio de Janeiro, a nigeriana, a californiana, a variante VOC 202102/02, a de Nova Iorque, a de Portugal e a do Kent, porém o ritmo não chega a 2%, apesar de ser essa a meta traçada pelo Ministério da Saúde há um mês.