A posição do Parlamento Europeu sobre a necessidade de garantir testes de PCR gratuitos no verão, para viajantes dentro da União Europeia e, que não estão vacinados, não está garantido diante da rejeição da maioria dos Estados membros. Num seminário realizado na última quarta-feira (12), no gabinete do Parlamento Europeu na Espanha sobre o certificado Covid, Juan Fernando López Aguilar, presidente da Comissão das Liberdades Civis e deputado socialista, abriu a porta para ceder ao requisito inicial. “É preciso dizer com franqueza: há uma distância” entre a posição dos parlamentares e os Estados-Membros, representados pelo Conselho da UE, também reconheceu o ex-ministro espanhol da Justiça.
Os PCRs gratuitos são um dos 15 artigos que estão sendo negociados no parlamento e, a partir daí liberar os certificados, que já foram aprovados desde 29 de abril pelo Parlamento Europeu. As demandas dos parlamentares também incluem que o documento (físico ou digital) seja limitado a 12 meses de duração, contendo apenas as informações estritamente necessárias (nome, estado de vacinação e testes de detecção covid-19) para garantir a proteção dos dados, não podendo aplicar restrições adicionais como: quarentenas, autoisolamento ou testes adicionais. Também estipula que o nome oficial do documento seja ‘Certificado Covid-19 da UE’, uma nova tentativa de desvincular o documento do nome ‘passaporte de vacinação’. “É um certificado que não pode ser discriminatório. Não é um passaporte nem um documento de viagem”, insistiu López Aguilar.
No entanto, o pedido de custo zero do PCR encontrou-se com a rejeição do Conselho da UE, com o qual o Parlamento Europeu deve chegar a um acordo para aplicar a legislação. A Espanha está entre a grande maioria dos parceiros que teriam sérias dificuldades com mais essa despesa, devido aos encargos financeiros que esta medida implicaria no contexto atual, em que grande parte da população ainda não está imunizada.
Fonte: El Confidencial