O passe covid ou certificado verde que alguns países europeus irão aplicar como regulador do acesso a instalações ou atividades de uso público, também é aceito na Espanha, mas também aponta as suas limitações. Em geral, é considerado mais um incentivo à vacinação do que uma ferramenta para o controle efetivo da pandemia.
Na Espanha não se discutiu a medida, embora França, Galícia e Canárias tenham começado a aplicá-la em alguns casos (como o acesso ao interior dos restaurantes), em municípios com maior incidência, sem objeções do Ministério da Saúde.
O certificado de imunização atesta que o esquema de vacinação foi completado ou que já teve covid, teste negativo de horas anteriores (PCR ou teste de antígeno). Esse é o protocolo aprovado na União Europeia para viajar.
Agora, alguns estados planejam usar a imunização como um passe de acesso a eventos culturais e esportivos, para viajar de trem, ônibus ou voos domésticos, para entrar em restaurantes, cafés e discotecas. O pioneiro no uso de certificados foi a China. A França aprovou uma regra a ser aplicada em uma semana. Itália, Portugal, Grécia e Bélgica seguem o caminho, para reduzir o risco de contágios e dar mais garantias ao turismo.
A maior contribuição da medida, levantada pelo presidente francês, é que ela pode estimular a vacinação e seu sentido exemplar: se você se vacinar, você tem um prêmio, mais liberdade de movimento. Não obriga a ser vacinado, mas os direitos são restritos a quem não o faz.
Uma limitação, acrescenta Morlans, é que os não vacinados não são todos “negadores irresponsáveis”. A maioria, na Espanha, são pessoas doentes, crianças ou muitos jovens para os quais foi aberta a vacinação, mas ainda não há doses suficientes. Assim, o passe não deve ser aplicado até que toda a população a ser vacinada tenha acesso às vacinas. Do contrário, o passe discrimina quem não pôde se imunizar, afirmou.
Fonte: La Vanguardia