A população residente na Espanha teve o maior crescimento desde 2008. Em 2019 atingiu a marca dos 47.332.614 habitantes, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Esses dados sugerem um aumento de 395.554 pessoas em 2019.
Em 2019, chegaram 750.480 imigrantes, isso significa 14,2% a mais que em 2018 e o maior valor desde 2008. Por outro lado, foram registrados 296.248 emigrantes, cifra mais baixa desde 2009. Com isso, o total do saldo migratório no território espanhol em 2019 foi de 454.232 pessoas, o maior desde 2008 segundo o INE.
Por territórios, os dados do INE refletem que durante 2019 a população cresceu em 14 comunidades autonomas e diminuiu em três (Castilla y León, Asturias e Extremadura), bem como em Ceuta e Melilha.
Os maiores acréscimos em termos relativos ocorreram nas Ilhas Baleares (1,90%), Comunidade de Madrid (1,59%) e nas Ilhas Canárias (1,38%). No outro extremo, as quedas populacionais ocorreram na Extremadura e Principado de Asturias (ambos com -0,34%) e Castilla y León (-0,27%).
O crescimento populacional da Espanha deve-se ao aumento da população de nacionalidade estrangeira, visto que a população de nacionalidade espanhola foi reduzida. O número de estrangeiros aumentou em 386.699 pessoas durante 2019, para um total de 5.226.906 em 1º de janeiro de 2020. Na verdade, pela primeira vez desde 2013, são mais de cinco milhões de estrangeiros.
Enquanto isso, a população de nacionalidade espanhola diminuiu em 8.855 pessoas. Esta evolução resultou de um saldo natural negativo, que não foi compensado nem pelo saldo migratório positivo, nem pelas aquisições de nacionalidade espanhola (que envolveram cerca de 98.800 pessoas).
Com estas tendências demográficas, aponta o INE, Espanha ganharia quase um milhão de habitantes nos próximos 15 anos e mais de três milhões até 2070. Além disso, a população com 65 anos ou mais representaria 26,5% do total em 2035, sendo de 19,6% em 2020, o maior valor da série histórica.